Como orientar professores e colegas sobre a OI

Quando uma criança com osteogênese imperfeita começa ou retorna à escola, muitas dúvidas surgem. Afinal, como garantir a segurança dela sem limitar sua experiência escolar? A resposta está na informação, no diálogo e na construção de um ambiente que compreenda as necessidades da criança sem tratá-la como incapaz.

Neste artigo, você vai encontrar orientações práticas para conversar com a escola, os professores e até os colegas de classe de forma acolhedora e clara.

O primeiro passo é explicar o que é a OI

Nem todos conhecem a Osteogênese Imperfeita. Por isso, o primeiro passo é explicar, com palavras simples, que se trata de uma condição genética que deixa os ossos mais frágeis e propensos a fraturas.

É importante destacar que:

  • a OI não compromete a inteligência da criança;

  • cada caso é diferente algumas crianças andam, outras usam cadeira de rodas ou andador;

  • a criança precisa de atenção, mas também de autonomia;

  • ela pode e deve participar das atividades, com adaptações sempre que necessário.

O que os professores precisam saber
  1. Evitar puxar braços ou pernas da criança. Sempre apoiar pelo tronco.

  2. Não expor a criança ao risco de quedas em jogos ou brincadeiras sem supervisão.

  3. Oferecer apoio emocional e estimular a participação, respeitando os limites físicos.

  4. Atenção ao transporte dentro da escola, especialmente em escadas ou rampas.

  5. Comunicar imediatamente os responsáveis caso a criança caia ou se queixe de dor.

  6. Respeitar os dias de ausência por consultas, fisioterapia ou internações isso faz parte da rotina.

Professores não precisam ter medo, apenas conhecer e se abrir para o cuidado.

E os colegas de classe?

A convivência com outras crianças é uma das maiores riquezas da escola. Para garantir que a criança com OI seja acolhida com respeito, é fundamental orientar os colegas com carinho e naturalidade.

Você pode pedir que os professores:

  • Expliquem que a criança tem uma condição que exige mais cuidado, mas não dói o tempo todo;

  • Reforcem que brincar com gentileza é uma forma de amizade;

  • Mostrem que todos têm algo único e que aprender a respeitar as diferenças nos torna melhores.

Essa conversa pode ser feita com a turma de forma leve, com histórias, desenhos ou rodas de conversa.

Recursos que ajudam
  • Cartinhas escritas pelos pais para professores e coordenadores.

  • Folders com orientações básicas sobre a OI.

  • Vídeos curtos que explicam a doença de forma visual.

  • Conversas periódicas com a escola para alinhar adaptações.

Se quiser, você pode usar o material disponível aqui na plataforma para facilitar esse diálogo.

Uma verdade que precisa ser dita

A escola pode ser um ambiente de proteção ou de exposição tudo depende de como as pessoas que estão ali escolhem enxergar. Quando há amor, informação e cooperação, o ambiente escolar se transforma num lugar onde a criança com OI se sente segura para crescer, aprender e ser feliz.

“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e mesmo quando envelhecer, não se desviará dele.”
(Provérbios 22:6)