Os principais tipos de OI explicados de forma simples

A osteogênese imperfeita pode se manifestar de diferentes formas em cada pessoa. Por isso, os médicos classificam a condição em tipos, que ajudam a entender a gravidade e orientar os cuidados.

Saber o tipo de OI não é sobre limitar expectativas, mas sim sobre preparar melhor a rotina, buscar o tratamento mais adequado e oferecer à criança o suporte que ela realmente precisa.

Neste artigo, você vai conhecer os tipos mais comuns de OI, explicados de maneira simples e prática.

Por que existem tipos diferentes?

Cada tipo de OI está ligado a uma alteração genética específica e se manifesta de uma forma diferente no corpo. Essa variação pode afetar a frequência das fraturas, o crescimento, a mobilidade e outros aspectos como os dentes, a audição e a flexibilidade.

Tipo I – leve, mas precisa de atenção
  • É o tipo mais comum e considerado o mais leve.

  • Ossos quebram com facilidade, mas muitas vezes só na infância.

  • A criança tem crescimento e desenvolvimento próximos do normal.

  • Em alguns casos, pode ter esclera azulada (parte branca dos olhos azul).

  • Algumas pessoas convivem com esse tipo sem saber até a vida adulta.

Tipo II – o mais grave e delicado
  • É o tipo mais severo e geralmente letal ainda no período gestacional ou logo após o nascimento.

  • Os ossos são extremamente frágeis e podem apresentar múltiplas fraturas dentro do útero.

  • Requer acolhimento e apoio emocional às famílias que recebem esse diagnóstico.

  • Mesmo sendo raro, precisa ser falado com respeito e empatia.

Tipo III – grave, mas compatível com a vida
  • É uma das formas mais severas em crianças que sobrevivem após o nascimento.

  • Fraturas ocorrem com muita frequência, desde os primeiros meses de vida.

  • Os ossos podem se desenvolver tortos ou com deformações.

  • Em muitos casos, a criança utiliza cadeira de rodas, mas com tratamento adequado, pode ganhar autonomia em várias atividades.

  • Requer cuidados intensivos e acompanhamento constante.

Tipo IV – entre o leve e o grave
  • É considerado um tipo moderado, que varia bastante de criança para criança.

  • A frequência de fraturas pode ser menor do que no tipo III, mas maior do que no tipo I.

  • O crescimento pode ser afetado, mas nem sempre com grande impacto.

  • Pode ou não ter esclera azulada.

  • Muitas crianças com esse tipo caminham com apoio e vivem com boa qualidade de vida.

Existem outros tipos?

Sim. Existem outros tipos mais raros (do tipo V ao VIII), que foram descobertos mais recentemente. Eles são variantes que compartilham características com os tipos anteriores, mas com mutações genéticas diferentes.

Como são mais complexos, costumam ser estudados em centros de referência e acompanhados por equipes multidisciplinares.

Uma verdade que precisa ser dita

Saber o tipo de OI não define o que uma criança vai conquistar. Ele apenas ajuda a escolher os melhores caminhos para cuidar.

Cada história é única. E Deus, que conhece cada osso no ventre, também conhece o potencial e os propósitos de cada filho.

“Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe.”
(Salmos 139:13)